Entrevista com Rubens Barbosa

Rubens Barbosa é presidente do Conselho Superior de Comércio Exterior da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), presidente do Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Trigo e foi embaixador do Brasil em Londres (1994 – 1999) e em Washington (1999- 2004). Na entrevista, ele fala sobre o tema que abordará em sessão plenária na Conferência Anprotec 2017, sobre globalização e as expectativas para o evento.

Por que a escolha do tema “O Brasil e a nova geopolítica global”?
O conceito de geopolítica tem mudado nos últimos anos. Acho interessante abordar essa nova geopolítica, quais são seus principais componentes e como o Brasil entra nessa nova dinâmica do relacionamento internacional.

De que forma o senhor vê a globalização e seus impactos na inovação mundial?
Esse é um dos aspectos dessa nova geopolítica. A globalização acelerou áreas como finanças, transferências, investimentos, comunicação etc. Isso tem um impacto muito grande nas transações internacionais e na participação dos países nesse novo conjunto de regras que existem no mundo.

O senhor aborda o fechamento de fronteiras como uma ameaça a regiões de inovação. Esse processo já está acontecendo? Na sua opinião ele é bom ou ruim para o Brasil?
O protecionismo dificulta a inserção das indústrias e empresas na globalização. É um dos aspectos que atrasam a ampliação da participação dos países. O Brasil é protecionista em alguns casos e isso é ruim para o país, pois acaba não permitindo acesso a novas tecnologias, novas fontes de industrialização, digitalização etc. Isso é negativo. Mas eu não acho que a globalização esteja retrocedendo e que o protecionismo vá aumentar. A globalização veio para ficar e vai aumentar cada vez mais.

Neste ano, a conferência tem como tema “inovação e empreendedorismo transformando cidades”. Na sua visão, qual é a importância do empreendedorismo inovador e de que forma ele transforma cidades?
Vimos as transformações no Rio de Janeiro por causa dos Jogos Olímpicos, que abriram acesso às novas tecnologias. A tecnologia muda o cenário das cidades e interfere até na arquitetura, conforme podemos observar em locais como Tóquio e Nova York. As cidades são muito influenciadas pelas inovações que estão ocorrendo no mundo.

A edição desse ano comemora os 30 anos da Anprotec. Quais as expectativas para a conferência?
Acho muito importante levantar todos esses aspectos principais que estão ocorrendo no mundo e que têm efeito aqui no Brasil. É importante ter sempre a visão do que está acontecendo nos outros países para que possamos ver se estamos atualizados e o que está acontecendo. Acho que a conferência esse ano pode ajudar a entender um pouco a participação do Brasil no cenário internacional.

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