NOTÍCIAS

Participantes debatem desafios para a inovação brasileira em minicurso

Foto: Digital Produções

Foto: Digital Produções

O Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação (Lei 13.243/2016), o planejamento estratégico da área e o modelo do sistema francês de inovação foram debatidos durante o minicurso “Gestão da Inovação”, realizado nesta segunda-feira (17), da 26ª Conferência Anprotec.

O Diretor do Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (Fortec), Gesil Sampaio Amarante Segundo, abriu a atividade falando sobre as mudanças trazidas pelo Marco Legal, que foi sancionado em janeiro deste ano. “O documento visa ajudar na cooperação entre diversos setores de inovação. Ele estabelece pontes de relacionamento entre o setor empresarial e acadêmico e também empodera os ambientes de inovação”, explicou.

Com mais de 100 pessoas presentes no minicurso, Gesil destacou que o Brasil tem vários desafios pela frente e que o Marco representa um grande passo para a superação de muitos deles. Para o diretor da Fortec, o envolvimento dos gestores presentes na Conferência Anprotec é importante para que eles saibam utilizar a legislação. “Se há instrumentos que facilitam seu trabalho é preciso utilizá-los ou alguém vai achar que eles não funcionam”. Além disso, afirmou que é preciso que esses mecanismos sejam testados. “Em uma legislação, quando se abre uma porta você pode fechar uma janela e vice-versa, ou seja, muita coisa que está lá precisa de tempo de maturação para vermos se vai funcionar”, concluiu Gesil.

Também participou como instrutora do minicurso a Diretora da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), Luciana Hashiba. Ela mostrou como a gestão de inovação vai além de um processo e, para isso, utilizou como exemplo o programa “Anpei Exchange”, que elaborou um modelo a partir da experiência de empresas que participaram da iniciativa. “Esse modelo tem oito dimensões, de modo que qualquer empresa que deseja fazer inovação consegue customizá-las para seu próprio objetivo e contexto”, afirmou. Luciana também explicou a importância da inserção da inovação no planejamento estratégico das empresas.

Inovação nas universidades 

Manuela Botrel, Coordenadora de Gestão da Incubadora de Empresas da Universidade Federal de Uberlândia (MG) – CIAEM, foi uma das participantes do minicurso. Segundo ela, dentre diversos temas, a atividade trouxe também uma interessante explicação sobre como deve ser feita a gestão da inovação dentro das universidades, por meio de fundações ou programas em parceria com outros países. “Conseguimos ouvir aqui a respeito do que vivemos no cotidiano universitário, que é cheio de desafios e isso é essencial para nós. No momento das perguntas, por exemplo, observamos que nossas dificuldades são as mesmas de vários outros ambientes de inovação. Assim fica mais fácil enxergar soluções”, destacou.

Bom momento para inovação

O Assessor técnico em inovação tecnológica do Senai (SP), Cyrille Munoz, ponderou que hoje o Brasil vive um momento diferente, principalmente com o Novo Marco Legal. “O brasileiro já percebeu que seu modelo de inovação pode melhorar e agora estamos em outro momento. Tenho muita esperança, acho que o Brasil tem uma grande oportunidade, força e potencial para se desenvolver e a inovação é parte essencial nisso”, concluiu.