Com case do Programa CooperAtiva 4.0, Fórum Sebrae de Inovação ressalta a importância da parceria entre startups e grandes empresas

A cooperação entre grandes empresas e startups é um dos fatores principais para o desenvolvimento de soluções inovadoras para o agronegócio no Brasil. Essa foi justamente a temática abordada pela Gerente Executiva de TI, Gestão e Qualidade da Cooperativa Cocamar, Paula Rebelo, no Fórum Sebrae de Inovação, no primeiro dia da Conferência Anprotec 2018 (17/09), em Goiânia – GO.  Com o tema “A Inovação na cadeia de valor do agronegócio. Como grandes empresas estão se relacionando com startups?”, o painel tratou importantes tópicos de Smart Farm.

As demandas de grandes empresas por novas práticas que aperfeiçoem a produtividade ou solucionem problemas específicos, seja internamente ou para negócios de impacto social, está aumentando consideravelmente, nesse sentido, as startups estão atraindo a atenção dessas companhias, possibilitando parcerias que impulsionam a Pesquisa e o Desenvolvimento.

Para ilustrar a importância desse conjunto entre diferentes atores da indústria, Rebelo citou o programa CooperAtiva 4.0. O projeto foi desenvolvido inicialmente por um pequeno grupo de gestores para tratar sobre assuntos relacionados à modernização industrial. “O CooperAtiva 4.0 surgiu como uma reunião entre membros da Cocamar, em que discutíamos como proporcionar uma melhoria contínua por meio de práticas inovadoras aos cooperados. Nos encontros, levantamos a questão de ‘como pensar em novos modelos?’, e a resposta imediata foi: “vendo e conhecendo modelos diferentes”, ressaltou Rebelo.

O apoio da diretoria da Cocamar foi um dos pontos importantes para a consolidação e expansão do programa para diferentes áreas. O grupo, atualmente, envolve mais de 60 pessoas de setores como tecnologia da informação, marketing, administração, e outros diferentes campos. Cada membro compartilha uma visão específica de sua área, possibilitando uma interpretação em diferentes aspectos, que podem contribuir com a criação de novos modelos de negócio.

Rebelo destacou ainda o papel do Sebrae na exploração de ambientes que estimulam a inovação através de parcerias. “Através de programas apoiados pelo Sebrae, nós conseguimos interagir com esse universo inovador e utilizá-lo como inspiração e bagagem, assim ampliamos os nossos conhecimentos. Nós participamos de diversos eventos, como Hackathon Expoingá, Summit Florianópolis, Conecta Curitiba, Ticnova Maringá, além das visitas a ecossistemas de inovação, como o Innovajab e o Cubo Itaú”. Rebelo afirmou ainda que essas práticas já estão rendendo resultados aos envolvidos. “Nós temos 11 projetos internos, o que nos estimula a praticar o intraempreendedorismo. Desse total, quatro startups já foram contratadas – Tinbot, Golsat, Onsafety e Eureca – e outras duas estão em fase de MVP, a FarmGo e a W3lcome”.

O CooperAtiva não é um investidor de startup, a sua função é promover o conjunto de startups com grandes empresas buscando parcerias e investimentos, por meio de ideias inovadoras. Para desenvolver esses projetos foi criado o CocamarLabs. As propostas enviadas passam por um filtro que identificam pontos específicos que indicam quais as melhores maneiras de se desenvolver a ideia. De maneira geral, os projetos priorizados são aqueles que tem alto impacto e necessitam de pouco esforço, as ideias inovadoras e os que apresentam soluções únicas que resolvam mais problemas.

Para finalizar, Rebelo indicou os principais fatores que são buscados nos projetos desenvolvidos no CooperAtiva 4.0. “Quando recebemos ideias de startups as primeiras questões são, esse modelo é escalável? É repetível? Esses são fatores básicos. É claro que existem muitos outros, mas esse é um ponto de partida. Ao identificarmos essas características, já começamos a pensar na execução, por meio de mentorias e busca de aceleradoras. Preferencialmente, estamos buscando projetos de Chatbot e Energia Limpa.”

Os próximos passos do programa são expandir as parcerias, criar novos projetos, e buscar recursos de investimentos através da Lei do Bem, ICMS e investidores.

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