Alguns empreendimentos trazem benefícios que vão muito além do aspecto financeiro. Os Negócios de Impacto Social beneficiam diretamente pessoas com faixas de renda mais baixas, resolvendo os problemas socioambientais dessas classes ao mesmo tempo em que têm performance financeira.
Esse tipo de empreendimento é inovador e será tema de um minicurso da 26ª Conferência Anprotec. Entre os instrutores está a gerente executiva de Instituto de Cidadania Empresarial (ICE), Fernanda Bombardi, que em entrevista falou sobre o que são os Negócios de Impacto Social e qual sua expectativa para a 26ª Conferência Anprotec.
O tema da palestra que você vai coordenar durante a 26ª Conferência Anprotec é “Negócios de Impacto Social”. Explique o que são e como funcionam esses negócios?
Basicamente, os negócios de impacto são criados com o propósito de resolver um problema social ou ambiental. Então, ao mesmo tempo que eles têm performance financeira, como qualquer negócio, o produto ou serviço que ele oferece visa resolver um problema social ou ambiental. Tem um claro propósito do empreendedor em resolver esse problema com esse compromisso.
Empreendimentos que tem propósito social são positivos no aspecto financeiro?
A intenção é que ele seja. A ideia é que você crie modelos de negócios que possam resolver problemas sociais e ambientais, que não dependam exclusivamente de doação para operar suas atividades, que tenham uma geração de receita própria que permita sustentabilidade da organização.
Qual o público alvo dessa palestra?
O público principal são organizações que trabalham para fomentar inovação e apoiar empreendedores. Gostaríamos muito de ter no público incubadoras, aceleradoras, gestores de parques tecnológicos e outras instituições intermediárias que fazem esse apoio ao empreendedor e que podem ser disseminadores dessa temática de negócios de impacto nas suas localidades.
Que dica você daria para quem quer empreender em um negócio de impacto social?
Minha recomendação é conhecer os atores desse ecossistema, quem são as pessoas que estão dispostas a investir, o que elas estão buscando, quem são as organizações intermediárias que apoiam o empreendedor na execução das suas ideias e quem são os próprios empreendedores de impacto, que desafio eles estão vivendo, que adequações eles estão fazendo para o modelo de negócio para empreender um negócio de sucesso.
Qual sua expectativa para a 26ª Conferência Anprotec?
Minha expectativa é aprender. São palestrantes e participantes que têm uma trajetória muito consistente na temática de fomento à inovação e empreendedorismo no Brasil. Eu que venho do campo do social dos negócios de impacto, eu aprendo muito nessa interação com esses atores. Por isso, minha principal expectativa é aproveitar a experiência de quem está lá, para construir junto projetos bacanas dentro desse tema.