O poder da inovação goiana na prática: como os ambientes de inovação estão ajudando as startups e grandes empresas
No último dia da Conferência Anprotec 2018, que aconteceu em Goiânia – GO, de 17 a 20 de setembro, mais de 80 pessoas participaram de dois roteiros de visitas técnicas, que incluíram passagens pelo Parque Tecnológico Samambaia, pelo Instituto Gyntec, pelo Centro de Empreendedorismo e Incubação da Universidade Federal de Goiás – CEI, e pela Incubadora de Empresas da Pontifícia Universidade Católica de Goiás – ambientes de referência em inovação para o Estado de Goiás.
A Agência de Inovação do Parque Tecnológico Samambaia foi construída dentro do Parque Tecnológico Samambaia (PTS), na Universidade Federal de Goiás (UFG). A unidade foi inaugurada no final do ano passado e já abriga quatro empresas incubadas.
A agência tem o objetivo de promover o empreendedorismo e a inovação, e proteger e realizar tecnologias advindas de pesquisas realizadas na UFG.
O prédio recebeu o investimento de R$ 4,8 milhões e foi construído com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg). Na execução da obra, a UFG contou com a parceria da Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape) e da Rede Goiana de Inovação (RGI).
No local, as empresas contam com todo o suporte para fazer crescer o negócio, além de ter o espaço físico para trabalharem adequadamente. Até o momento, não há cobranças, entretanto, a agência já estuda valores que possam ajudar a cobrir despesas operacionais, mas que ainda sejam baixos, para atrair mais estudantes que queiram empreender.
A poucos metros da Agência de Inovação está a sede do Centro Regional para o Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (CRTI), que foi a primeira instalação do parque. A unidade foi criada com o objetivo de atender projetos de pesquisa e desenvolvimento de universidades, centros de pesquisa, órgãos governamentais e empresas.
Os participantes da visita técnica puderam conhecer as quatro áreas que funcionam dentro do prédio: Divisão de Análise Química e Estrutural (DAQE), Divisão de Imagens e Análise Pontual (DIAP), Divisão de Cromatografia Aplicada (DCAP) e Divisão de Infraestrutura Complementar (DIEC). Os laboratórios contam com tecnologia de ponta.
Por se tratar de um ambiente dentro da universidade, a abertura para que empresas possam utilizar do espaço (mediante a pagamento) é uma vantagem para os estudantes e garantia de qualidade para as próprias empresas. Uma das maiores usuárias dos serviços do local é a Petrobrás.
Acadêmicos também podem utilizar a estrutura do local para realizar suas pesquisas. O valor cobrado neste caso é apenas para cobrir custos básicos. Essa é uma forma de continuar a atrair acadêmicos de todo país para desenvolver seus projetos no local.
Seu caráter coletivo acontece desde sua fundação. O centro, que recebe o título de multi-institucional e multiusuário, recebeu aportes financeiros da FINEP, FAPEG, SECTEC, UFG e recursos de emendas parlamentares da bancada goiana no Congresso Nacional para ser construído. Sua implantação contou também com a parceria da UEG, do IFGoiano e da PUC-GO.
Os participantes desse roteiro também puderam conhecer o Instituto de Inovação e parque Tecnológico Gyntec, que atua como incubadora mercadológica, corporativa e realiza eventos como hackatons para fomentar o investimento privado em inovação.
As startups que o instituto recebe devem estar em fase de pós-incubação e pré-aceleração. No local, essas empresas contam com auxílio para desenvolver protótipos e receber validação do mercado.
O parque também atua com spinoffs – tendência já consolidada. Trata-se de startups formadas por funcionários de uma empresa tradicional. Durante a Conferência Anprotec foram apresentados alguns cases concretos, como o que está acontecendo no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Além do ambiente, que conta com salas e escritórios próprios para ajudar a desenvolver a criatividade e a inovação, o local oferece consultoria em inovação para as empresas tradicionais que estão de olho na tendência de spinoffs. Com isso, um dos objetivos é disseminar a inovação aberta e fortalecer a cultura empreendedora.
Os participantes puderam conhecer alguns dos projetos que estão sendo desenvolvidos e também entender critérios para as empresas se instalarem e usarem o local.
No segundo roteiro, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer a Incubadora de Empresas da PUC-GO que estimula a criação e o desenvolvimento de empreendedores e negócios competitivos, visando transformar ideias em planos de negócio, produtos e serviços.
Os empreendimentos apoiados passam por processo seletivo e são incubados para ampliar a sua probabilidade de sucesso.
O Centro de Empreendedorismo e Incubação da Universidade Federal de Goiás (CEI) tem como foco principal a formação empreendedora da comunidade universitária, e goiana em geral, buscando a formação do empreendedor, que pode tanto criar um novo negócio, quanto promover ações empreendedoras em outros espaços e situações.
O CEI UFG desenvolve, entre outras ações, a promoção de cursos, oficinas, palestras e seminários para a comunidade interna ou externa à UFG e para a formação de professores de empreendedorismo.
Entre os seus programas, estão o UFG Empreende, o UFG Startup Lab, a Olimpíada de Empreendedorismo Universitário, o Programa Empresa Junior, entre outros. Além disso, conta com espaço de coworking.
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