Desenvolvendo negócios de impacto social: modelagem de negócios e modelos de receita
Ministrado pela gerente executiva do Instituto de Cidadania Empresarial (ICE), Fernanda Bombardi, pelo analista de programas do ICE, Samir Hamra, e pelo sócio-fundador do Sense-Lab, Andreas Ufer, o minicurso “Desenvolvendo negócios de impacto social: modelagem de negócios e modelos de receita” também aconteceu no primeiro dia de Conferência Anprotec.
Na ocasião, foram apresentadas tendências para o investimento de impacto e os negócios de impacto no Brasil, a ferramenta inovadora de modelagem de negócios de impacto – Modelo C, e os diferentes modelos de receita utilizados por negócios de impacto no Brasil e no exterior.
O setor de Negócios de Impacto Socioambiental – iniciativas que aliam sustentabilidade financeira e criação de valor coletivo – vem crescendo e ganhando relevância e visibilidade nos últimos anos, mas apresenta alguns desafios. Além da necessidade de aumentar a quantidade de negócios escaláveis do ponto de vista financeiro, existe uma carência de comprovação da consistência do impacto gerado.
A criação de métricas e formas de mensuração dos impactos ainda é insuficiente, principalmente em se tratando de negócios em estágio inicial. Nesse sentido, a busca por modelos teóricos que apresentem uma narrativa que demonstre o encadeamento lógico de atividades, os resultados e o impacto de longo prazo tem se tornado cada vez mais presente no setor.
Duas ferramentas têm sido utilizadas para modelar negócios de impacto socioambiental: o Business Model Canvas e a Teoria de Mudança. A primeira consiste em uma ferramenta de gerenciamento estratégico. Já a segunda consiste em uma metodologia de planejamento que, a partir da realização de um mapa, traduz, organiza ou estrutura mudanças pretendidas por uma iniciativa socioambiental.
A percepção da necessidade de integração de ambas deu origem ao Modelo C – um modelo completo, compreensível, colaborativo, constante e de conteúdo vivo. Trata-se de uma abordagem que respeita, valoriza e se nutre das duas anteriores com o propósito de contribuir para amadurecer negócios de impacto mais sustentáveis e efetivos em sua capacidade de transformação da sociedade.
“Acreditamos que os negócios de impacto são um dos protótipos com maior histórico e abrangência de aplicação que temos hoje. Com esse tipo de negócio, os diferentes atores da sociedade e da economia podem aprender e incorporar diversos elementos para criar as organizações das quais precisamos. Entendemos que o Modelo C contribui para pensar em evoluir esse campo e esse experimento”, disse Andreas Ufer, sócio-fundador do Sense-Lab.
“O ICE é uma organização essencialmente articuladora que vê no trabalho com outras organizações um potencial de gerar mudança sistêmica. Acreditamos que ferramentas como essa ajudam incubadoras e aceleradoras e outras organizações intermediárias a apoiarem negócios de impacto promovendo a qualificação do ecossistema como um todo, o que resultará na maturidade necessária para atrair mais investimentos”, apontou Fernanda Bombardi.
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